sábado, 17 de janeiro de 2009

Défice divida Publica e outras propagadas demagógicas dos republicanos

Claro que comparar o tempo de D. Maria II, com a época actual é um critério fraco e não explica o porquê de , se naquela epoca ainda poderiamos ter alguma capacidade cometitiva com a Europa desenvolvida, hoje estarmos muito afastados e com quase as mesmos problemas estruturais.

É preciso ter em mente que ,contráriamente ao resto de Europa, tivemos uma séria guerra cívil entre 1828-1834 e uma politica de Liberalismo extremo até 1842.Neste periodo houve nada mais nada menos que 18 governos

Porquê 1842?

Convém ter em mente que actualmente (16 de Janeiro de 2009) o nosso Primeiro ministro espera um défice público de 3% (o que é excelente)...pois em 1842 o governo cai porque o défice publico atinge a exorbitância de 2,3% (o défice Público médio entre 1833 e 1844 seria de 0,9%).É isto que costuma aparecer nos livros, mas de facto nesse ano até houve uma expansão do PIB de 6% (convém lembrar que actualmente esperamos crescimento negativo para 2009)
Claro que o crescimento médio (neste periodo) do PIB foi de apenas 1%, devido a severas recessões e instabilidade politica, mas curiosamente houve em média uma queda no preços (deflação) de 0,7%

Convém lembrar que em todo o periodo da Monarquia Constitucional o défice público nunca altrapassou a actual marca (que advém do actual Pacto de Estabilidade e Crescimento, acordado entre os membros da UE)dos 3%

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défice Público


Observando o gráfico acima , pode-se observar que a divida pública criada (no gráfico em baixo) não advinha do excesso de gastos (défice publico) , mas sim do peso das taxas de juro.
A instabilidade provocada, ora por radicais de esquerda (D. Maria II) ora por republicanos (D. Carlos e D. Manuel II) aumentou o risco junto dos principais financiadores externos do Estado português que por sua vez nos exigiam garantias cada vez mais pesadas e taxas de juro cada vez maiores.Aliás o mesmo problema acontece agora (2009) com o "rating" da empresa de consultoria S&P (standard & Poor´s) que colocou Portugal na lista de "clientes a quem não se deve emprestar dinheiro"...como é óbvio a taxa de juro irá aumentar , já que existe sempre quem empreste


Em 1842 a Rainha D. Maria II empossa um governo dictatorial (governar por decreto e não com o exercito atrás das costas como é práctica republicana) em Costa Cabral e os problemas da Divida Pública começam...ainda hoje permanecem

Embora o PIB continue a crescer por mais 2 anos o governo de Costa Cabral propõe-se a instaurar um Plano de Fomento que capacite o País das infraestruturas necessárias ao novo modelo de crescimento económico chamou-se a "regeneração"
Um plano de financiamento mal feito (junto de privados e com altas taxas de juro)que incapacitou o Estado financeiramente durante largas decadas

A usual instabilidade social (que incluiu um movimento a favor de enterros dentro das igrejas-o que era insustentável e contrário ás novas regras de higiene pública...mas quando se trata de politiquice a razão não interessa) provocou a queda politica de Costa cabral

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Como a imagem demonstra, não havia um problema de excessivo endividamento antes de 1910 e a I República não o resolveu.Muito pelo contrário inverteu a tendência de redução da Divida Pública que vinha desde D. Carlos.
A II República resolveu de facto o problema do peso dessa divida e foi um dos grandes feitos do Estado Novo

.....


bem haja

3 comentários:

Anónimo disse...

Já respondi tanto ao Ricardo Gomes como ao João Távora aqui:

http://oafilhado.blogs.sapo.pt/308891.html

Cumprimentos

Anónimo disse...

Já agora, quanto ao texto. Apenas deixo uma nota. Tudo é relativo, mas se relativizamos demais, o rigor da análise vai-se embora e fica... a demagogia. Os problemas financeiros no tempo da Monarquia existiram num período de estabilidade governativa, enquanto a Primeira República, obviamente, foi tudo menos estável. No entanto, se avançar um bocadinho mais o gráfico, vai ver uma nova fase de finanças públicas "na ordem", diz que foi o Salazar, e deixe-me que lhe diga que ele até podia ter-nos feito o maior país do mundo, que nada lhe legitimaria o regime. Andamos sempre neste gato-e-rato.

Abraço

Anónimo disse...

Bem basicamente não respondeu a nada, um gráfico sobre emigrantes não revela nada ... enfim pura demagogia e pouca contra-argumentação. Economia definitivamente não deve ser o seu forte ... deixe lá a mim é mais Matemática Aplicada.